Perito Prof. Sebastião Edison Cinelli
Perito Prof. Sebastião Edison Cinelli
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análise criminalística das munições
I. MUNIÇÃO
A unidade de cartucho de munição é constituída dos elementos seguintes:
• Estojo
• Projétil
• Espoleta
• Pólvora
1. ESTOJO - metal, papelão ou plástico montado em fundo de metal;
2. PROJÉTIL - elemento de munição destinado a atingir o alvo
3. ESPOLETA - conhecida, também, como cápsula de espoletamento e se constitui de pequena cápsula metálica que contém o municiador (explosivo de iniciação ou escorva;
4.PÓLVORA - explosivo propelente ou carga de projeção
II. ALCANCE DO TIRO
Está na dependência de inúmeros fatores:
a. pressão atmosférica
b. temperatura
c. grau de umidade do ar
d. correntes aéreas
e. idade da munição
f. calibre da arma
g. comprimento do cano da arma
III. MICRO-COMPARAÇÃO DE PROJÉTEIS
A. CARACTERES DOS PROJÉTEIS
1. GENÉRICOS – quantidade das raias e suas direções (dextrógiras ou sinestrógiras ,largura das impressões de raias, calibre, massa, comprimento, diâmetro, profundidade das impressões de raias;
2. ESPECÍFICOS - estriamento fino lateral (micro-sulcagem), defeitos no cano da arma produzidos pela passagem nos projéteis ou por motivos outros ocasionados acidentalmente ou propositadamente.
B. PROJÉTEIS PARA EXAMES DE CONFRONTOS
Compreendem:
1 PROJÉTIL SUSPEITO – INCRIMINADO: - projétil encontrado no local de crime , relacionado ou aquele que tenha atingido a vítima ;
2. PROJÉTIL TESTEMUNHA – PADRÃO: - obtido mediante tiro de prova realizado pela arma suspeita em um tanque de água , recipiente contendo glicose ou túnel com algodão.
C. EXAME MICRO-COMPARATIVO DE PROJÉTEIS
1. O exame micro-comparativo do estriamento fino se processa diretamente nas superfícies cilíndricas do Projétil Incriminado e do Projétil Testemunha;
2. O exame consiste em cotejar minuciosamente as particularidades distintivas dos cavados e ressaltos. Os campos óticos mais suscetíveis pertencem aos cavados, regiões que oferecem maior campo para a exploração de características identificatórias
3. O Microscópio Comparador de Projéteis se presta para os exames em apreço.
IV. REGENERAÇÃO DA NUMERAÇÃO DE ARMA DE FOGO
III. BERÇO DA NUMERAÇÃO
O número de série da arma de fogo é cunhado na superfície externa da armação, segmento esse conhecido como berço da numeração. A gravação da série numérica, freqüentemente é praticada na base da coronha, em se tratando de revólveres e lateralmente, nas pistolas semi-automáticas. A remoção da numeração do berço da arma de fogo ocorre por ação mecânica, mediante lixamento ou esmerilhamento. Raramente se remove apenas um algarismo ou mais, dependendo do caso in concreto.
A. GRAVAÇÃO DA SÉRIE NUMÉRICA
Na gravação da série numérica utilizam-se tipos com os caracteres em alto relevo. O puncionamento da numeração é procedido a frio, revelando-se em baixo relevo. Atualmente a série é puncionada simultaneamente.
B. ESTRUTURA METÁLICA
Os metais apresentam estrutura cristalina e quando os tipos pressionam as porções do berço, tanto no sentido vertical como nas laterais, alteram profundamente a estrutura cristalina, cujas moléculas se tornam compactadas. Esse adensamento das moléculas chama-se encruamento que alcança camadas profundas.
Encruamento
A. REMOÇÃO DA SÉRIE NUMÉRICA
A aplicação do instrumento abrasivo remove apenas a camada superficial do berço, o suficiente para apagar a numeração, criando nele uma nova superfície, onde o encruamento se torna imperceptível. A superfície assim preparada pode receber nova série de numeração.
B. REGENERAÇÃO DA SÉRIE NUMÉRICA
O reagente aplicado para a regeneração ataca a superfície do metal e os sítios onde não ocorreu o encruamento. As regiões que sofreram puncionamento, em razão da maior compacidade, oferecem maior resistência ao ataque do reativo. Assim, em conseqüência da reação, surge uma parte mais escura, espécie de sombreado, configurando a forma dos algarismos removidos.
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